Trazemos esta semana uma cópia da matéria publicada na revista Magnum Edição nº 40 de autoria de Nelson L. De Faria, quebrando vários tabus que a maioria de nós, leigos, acreditamos ser verdade.
O melhor calibre para a classe de armas baixa potência é sem dúvida o 4.5 mm, embora alguns fabricantes as produzam também no calibre 5.5 mm como marketing de venda para aqueles menos informados que pensam que quanto maior o calibre, melhor. Portanto, ao adquirir uma springer de baixa potência, fique com o calibre 4.5 mm.
As springer de baixa potência são as mais indicadas para a iniciação ao tiro. Leves e de recuo muito baixo, as armas de baixa potência apresentam boa precisão e se adaptam muito bem a tiros do alcance de até 25 metros, embora o melhor desempenho em relação a energia da arma se obtenha a 15 metros.
O peso próprio e a facilidade de engatilhar as carabinas de baixa potência permite que crianças a partir de 8 anos possam ser iniciadas no esporte de tiro. Claro que, nesse caso, a supervisão de um adulto se faz necessária.
Quanto às pistolas, são armas desenvolvidas para tiros a 10 metros e sua potência está bem abaixo das carabinas. Tanto as pistolas por ação de mola-pistão, quanto as PCP e CO2 são de baixa potência. No entanto, entre as pistolas há que se considerar que a grande maioria se posiciona no limite inferior da baixa potência, de modo que são bem mais fracas que as carabinas que também se encontram nessa classe. A exceção* é o modelo P5 Magnum da Diana, a qual apresenta energia igual as das carabinas da classe (em torno de 7 joules) e permite tiros a 25 metros. *Está matéria de alguns anos e hoje em dia temos alguns outro modelos que chegam a categoria de Média potência.
Essas pistolas de potência mais baixa permitem a prática de tiro mesmo dentro de corredores de residência, desde que cuidados com a segurança sejam adotados, pois, embora a potência seja bastante baixa, é preciso tomar cuidado principalmente com a região dos olhos.
Nos diagramas de trajetória e energia entre os calibres 4.5 mm e 5.5 mm (veja tabela anterior), observe que ambos os calibres iniciam com a mesma energia e as miras foram zeradas no alcance de 25 jardas, mas o calibre 5.5 mm retém mais energia durante o percurso, embora sua curva balística seja mais acentuada. As armas de baixa potência são exceção a regra, poi a energia do calibre 5.5 mm permanece ligeiramente mais baixa do que a do calibre 4.5 mm; a curva balística é muito acentuada para o calibre 5.5 mm, o que comprova a ineficiência desse último para tal classe de arma. No entanto, é preciso esclarecer que os calibres nos diagramas são apenas referências para comparação das classes de potência e interferem com a energia em função da massa, mas não interferem diretamente com a trajetória. As curvas não são perfeitas, porque os dados são arredondados.
Portanto, é preciso esclarecer que a trajetória dos projéteis não depende da sua massa, mas sim de sua velocidade inicial e do seu coeficiente balístico, ao passo que a energia varia em função da velocidade e da massa do projétil. Para todos os exemplos, adotei luneta com altura de 1,8 polegada acima da linha de centro do cano e CB 0,018.
Espero que tenham gostado.
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